Confira o que os estúdios de desenvolvimento aprontaram de bom neste ano de 2010:
O ano foi cheio de continuações, mas os estúdios ainda trouxeram algumas ideias interessantes à mesa
Não há como negar que foi um ano marcado por sequências, uma notícia ruim para quem espera inovações a cada fornada nas prateleiras. O que aconteceu em 2010 foi um refino de fórmulas já existentes. O ano também marcou uma arrancada dos estúdios ocidentais em relação a desenvolvedoras japonesas.
Selecionamos os 10 estúdios mais importantes de 2010, avaliamos a produção do ano e as perspectivas para o futuro.
Ano de despedidas para a Bungie. De um lado A franquia se despede de seu lar, a Microsoft, e parte para navegar em mares desconhecidos ao lado da Activision. De outro, o estúdio deu adeus a “Halo”, a franquia de maior sucesso do Xbox. A despedida veio com “Halo: Reach”, provavelmente o game mais refinado da série, com um multiplayer gigantesco e uma campanha grandiloquente.
O projeto com a Activision ainda está em uma fase embrionária, mas o acordo é para uma parceria de 10 anos, então, a Bungie pode estar bolando em seus estúdios um game tão sensacional como foi “Halo: Combat evolved”, praticamente dez anos atrás.
Rockstar
Alguém tem coragem de tentar abordar o velho oeste nos games depois de “Red Dead Redemption”? A Rockstar se aventurou pelo gênero em uma sequência espiritual de “Red Dead Revolver”, game que o estúdio pegou meio acabado da Capcom, e criou uma experiência de mundo aberto inesquecível, com um sistema de física impressionante, gráficos embasbacantes e uma trama densa e cheia de sutilezas.
O que vem por aí? Pra começar, o elusivo “GTA V”, que pode ou não se passar em Vice City, pode ou não estar já em desenvolvimento neste momento. Bem, o que está, sem dúvida, em desenvolvimento é “LA Noire”. Game que insere o jogador a investigar diferentes casos, interrogar suspeitos e tentar descobrir os culpados. Na veia tradicional do estúdio, o mundo é aberto, assim como os resultados: é possível falhar na resolução do caso e seguir jogando.
É impossível jogar “Mass Effect 2” e dizer que o game não deixou um impacto. O arco geral – uma missão suicida rumo ao coração do inimigo – é bom, mas empalidece diante dos verdadeiros astros do game: os personagens. Cada um dos tripulantes da nave Normandy tem um passado, cheio de erros, crimes, ambiguidades morais, mágoas, angústias e dramas a serem resolvidos e encarados.
Em 2011, a BioWare está com as mãos cheias. Uma sequência para “Mass Effect”? Possível. O que há de certo no horizonte é o próximo “Dragon Age” e o ambicioso MMORPG “Star Wars: The Old Republic”, que leva a saga de George Lucas mais uma vez para os ambientes online. Será que o estúdio consegue imprimir seu padrão de qualidade em um projeto desta magnitude?
Blizzard
Ano gigantesco para a Blizzard. O estúdio, geralmente lento em lançar seus games, que passam anos sendo refinados, colocou no mercado dois verdadeiros titãs. “Starcraft II: Wings of Liberty”, sequência do hit massivo de estratégia em tempo real para o PC; E mega-expansão “Cataclysm”, para o já enorme “World of Warcraft”. Os dois games foram recebidos como clássicos instantâneos.
O estúdio provavelmente não vai voltar a hibernar depois do ano agitado. Com a decisão de rachar o lançamento de “Starcraft II” em três games, um para cada facção, os fãs esperam agora as versões Zerg e Protoss do game, que não devem estar muito além no horizonte.
Ano de grandes sequências para a Ubisoft, que avançou com as franquias “Assassin’s Creed” e “Splinter Cell”. Sam Fisher foi quem viu mais mudanças, adotando um estilo de jogo mais ágil e selvagem em comparação ao metódico ritmo de suas aventuras anteriores. A Ubisoft em 2010 também se aventurou no gênero de estratégia em tempo real com “R.U.S.E.” e mostrou que tem os pés bem leves com games de dança como “Just Dance 2”.
Para o futuro, o estúdio tem alguns medalhões guardados. Talvez “Assassin’s Creed” dê uma pausa em 2011, mas a unidade de Toronto da Ubisoft já está trabalhando em uma nova aventura para Sam Fisher, de “Splinter Cell”. Uma franquia que retorna das cinzas é “Driver”, com o subtítulo “San Francisco”, que promete levar a série de volta às suas origens de direção perigosa acima de tudo.
A EA, por algum tempo, foi o maior império do mundo dos games, mas em 2010 resolveu atacar gêneros já dominados por outras publishers e estúdios. Neste ano, a EA quis ser o desafiante. E assim foi, enfrentando “UFC Undisputed 2010”, da THQ, com EA Sports MMA; enfrentando “Call of Duty” com o reboot de “Medal of Honor”.
Por meio do selo EA Sports, no entanto, a EA reafirmou o domínio nas quatro linhas do campo de futebol com o sensacional “Fifa 11”, o pináculo do esporte nos consoles. Não dá para deixar de fora também o incrível “Need for Speed: Hot Pursuit”, que levou a série de volta às suas raízes. A maior aposta engatilhada da EA é “Dead Space 2”, sequência do aclamado survival horror espacial de 2008.
Microsoft
Ano cheio para a Microsoft. Além de apadrinhar alguns lançamentos de peso, como “Halo: Reach” e “Fable III”, a empresa lançou no mercado o Kinect, um periférico que transforma o corpo do jogador no joystick. Claro, a linha de lançamento do game foi menos que brilhante e ainda existem alguns problemas com delay, mas o sistema teve um bom lançamento, calcado em números expressivos de vendas.
Para o futuro, a Microsoft deve agilizar mais games “Halo”, desta vez do novo estúdio interno, criado apenas para gerenciar a franquia, o 343 Industries. Se aventurar pela franquia sem a Bungie é um passo gigantesco, mas a Microsoft não tem cara de que vai se deter por isso.
Sony
A Sony não é um estúdio muito prolífico, poucos jogos saem diretamente da matriz da gigante japonesa. Mas os que saem, mudam tudo. Em 2010, a Sony arremessou nas prateleiras “God of War III”, a conclusão da brutal e sanguinolenta saga de Kratos, e ”Gran Turismo 5”, que concluiu uma intensa novela de adiamentos e prazos quebrados. Os dois games, como era de se esperar, são fantásticos.
Agora, cabe à Sony desenvolver algum jogo matador para alavancar o Move e torná-lo obrigatório para qualquer jogador hardcore. Basta esperar 2011. E, ah! “LittleBigPlanet 2” vêm aí!
Nintendo
A Nintendo, em 2010, lançou pelo menos um game de suas principais franquias. “Super Mario Galaxy 2”, “Donkey Kong Country Returns”, “Kirby’s Epic Yarn”, “Metroid: Other M”... tem para todos os gostos. Não é exatamente inovador, mas um pouco de saudosismo não faz mal a ninguém, ainda mais com games tão polidos como estes.
Para 2011? Uma palavra: “Zelda”. O game deu as caras na E3 e os fãs estão ansiosos para controlar Link mais uma vez em “The Legend of Zelda: Skyward Sword”. O novo “Zelda” ainda precisa ser bastante polido, mas é a maior arma anunciada pela Big N para o futuro próximo.
Capcom
Mesmo dando uma deslizada com “Lost Planet 2”, a Capcom se mantém como uma das melhores publishers orientais. “Dead Rising: Case Zero”, um pequeno capítulo para download que precedeu “Dead Rising 2”, deixou o mundo meio de pernas para o ar, pela quantidade de conteúdo oferecida em um preço tão baixo. Será uma renovação do modelo da “demo grátis”? Será um novo passo para os DLC? Não dá pra saber, mas a Capcom sabe muito bem o que faz.
A partir de agora, a pancada vai comer. A Capcom está com um projeto peculiar com a Namco, para cruzar a franquia “Street Fighter” com “Tekken” em dois games, cada um feito por um estúdio. Além disso, no horizonte mais próximo, um novo capítulo na aclamada franquia “Marvel vs. Capcom”. É para calejar os dedos.
Plataformas: Xbox 360 | PS3 | Wii | DS | PSP | PC
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